Passaram mais de 30 anos desde que o Concelho de Mértola, masis axactamente, a Autarquia deste Concelho do extremo sul do Baixo Alentejo passou, em boa hora, a ser dirigida por partidos.
E são as poopulações que, através de eleições livres, elegem aqueles que julgam ser os que melhor as representam.
Só que. em Mértola, excepcionalmente, só duas forças partidárias (a CDU e o PS) possuem implantação suficiente.
E, é assim, que, quando uma delas ganha as eleições, o garante com maioria absoluta, remetendo-se, a que perde, a uma figura de corpo presente, absolutamente inóqua, já que, normalmente, fica arredada de qualquer capacidade de decisão. Sem quaisquer pelouros.
Mértola vem, assim, sendo governada, nestes já mais de 30 anos por pouco mais de um terço da população com capacidade eleitoral, sendo que os restantes - uns por culpa própria, já que não vão exercer o seu direito de voto -, outros, que, por serem a oposição, se remeterem ao silêncio, - "um silêncio imposto p'la maioria no poder", aguardam, numa próxima eleição recuperar o "poder" perdido...adoptando, depois, os mesmos métodos que contestam enquanto foram
oposição.
Este estado de coisas, como é evidente, não pode ser saudável nem enriquecedor. Estamos mesmo em crer que, se na autarquia mertolense, houvesse um diálogo, construtivo, entre poder e oposição, os mertolenses só teriam a ganhar, porque, como diz o nosso povo: é da troca de opiniões que nasce a luz... Doutro modo !...
Há cerca de 40 anos, o Concelho de Mértola tinha mais de 30 mil habitantes, hoje são pouco mais de nove mil e, à volta de 40% ,têm mais de 75 anos. Sendo que, em idade escolar, são pouco mais de 5%.
À semelhança de tantos outros concelhos do nosso país caminha, a passos largos, para o desaparecimento, enquanto o poder político, central, regional e local, assobiam, todos, para o lado.
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