19/09/2009

Falas da gente...

O Movimento Independente Mértola é, na sua totalidade, integrado por mulheres e homens que, jamais fizeram da política o seu modo de vida. De facto, nenhum de nós, felizmente, alguma vez foi político profissional. Aliás, entendemos, mesmo, que os políticos "profissionais" são os grandes responsáveis pelo estado a que o nosso país chegou.
Entendemos, também, que se não é político. Está-se político. Isto é, todos temos o direito e, muitas vezes, o dever de participar na vida pública. Mas essa participação não deve, não pode tornar-se numa "profissão" como, em tantos casos conhecidos, se tornou hábito.
Este nosso Movimento nasceu e cresceu porque a nossa consciência de mertolenses, amigos, melhor, amantes da nossa Terra, não poderia, - sob pena de nos tornarmos cúmplices - continuar impávida vendo Mértola, a nossa Terra, fenecer, dia-a-dia, devido à inexistência de uma política estruturante e que permitisse augurar uma melhoria de qualidade na vida dos nossos conterrâneos.
Pelo contrário, o que se vê é o nossso empobrecimento, cada dia mais evidente, mesmo comparativamente aos concelhos que "beijam" as nossas fronteiras. Basta atentar nas estradas do nosso Concelho comparando-as com as de Alcoutim, Almodôvar, Castro, etc..
E não seria preciso lembrar o que se passa com a saúde, com o saneamento básico...e isto porque, uma vez instalados no Poder, à custa do nosso bem intencionado voto, os políticos "encartados"se limitam a servir interesses que, raramente, se confundem com os das populações que os elegem.
Chegados a este ponto, precisamos de dizer basta ao despudor dos que, desnudos de vergonha, repetem, eleição após eleição, sempre as mesmas coisas...arranjando, sempre, desculpas para justificar a já tão conhecida falta de palavra.
É assim que, eleição após eleição, tantos de nós começam a ficar cansados e, no dia da ida às urnas, viram as costas, deixando de cumprir o dever cívico de votar, já que o voto parece não servir para nada. Sendo certo que o voto continua a ser a única arma do povo, daí a sua importância, desde que utilizado com fundadas esperanças.
É este estado de coisas que o MIM se propôe mudar:
Nós não fazemos promessas. Já sabemos no que resultam, porque as promessas dos partidos, são como as palavras: leva-as o vento...
Nós não lhe pedimos que vote no partido A ou no partido B.
Nós só pretendemos que, ao votar, o faça na certeza de que está a votar ... em si !...
Sim, porque nós não somos uma emanação dos interesses partidários. Somos, isso sim, mulheres e homens, que procuram carrilar o nosso Concelho nos caminhos do progressso. E, isso, só o conseguiremos fazer se você votar em si, votando numa lista absolutamente desligada dos partidos. Uma lista de mulheres e homens descomprometidos com os interesses instalados em Beja ou em Lisboa.
Esses interesses servem-se, depois, do seu voto, do voto que você lhes deu, para o usarem contra si...como já estamos fartos de ver.
Alguns de nós até julgaram ser possível curar o mal por dentro. Pura ingenuidade!
Os partidos, enquanto não sofrerem uma profunda renovação interna, estão tornados incapazes de resolver os problemas do nosso povo, como está à vista de todos nós. Já todos sabemos que pouco mais são do que simples agências de empregos e de outras actividades que, agora, não nos parece oportuno referir, mas que, todos, sabemos quais são. Basta que estejamos atentos às aberturas dos telejornais, dos cabeçalhos da imprensa, dos noticiários das rádios.
É verdade que os partidos são um dos alicerces da democracia. É verdade que a democracia é o menor de todos os males. Mas a prótica da democracia, em toda a sua plenitude, só é possível, quando virada, integral e absolutamente, para o bem-estar das populações. Essas, sim, os verdadeiros detentores do poder democrático.
Ao confiar nos nossos eleitos, você está a assumir um compromisso consigo mesmo. Porque não sendo nós uma emanação dos partidos, somos natural e exclusivamente, o porta-voz dos seus direitos, dos seus interesses, das suas aspirações.
Porque entre nós e o eleitor não existe a intermediação partidária. Nós e o eleitor somos, garantidamente, uma e a mesma equipa, com um único e o mesmo objectivo: de tudo fazermos por forma a tornar a nossa Terra, o Concelho de Mértola, numa Terra onde valha mesmo a pena viver.
Porque Mértola e as suas gentes, possuem, garantidamente, potencialidades para que a debandada geral deixe de ser, para os mais novos, um mal necessário. Já fomos à volta de 30 mil residentes e, hoje, somos cerca de 9 mil, sendo que mais de 40% têm mais de 70 anos e são memos de 10% os que ainda não atingiram a maioridade.
Este fazer de conta que fazem não pode continuar. Levar-nos-ia à extinção, como já é visível em muitos dos nossos aglomerados populacionais.
Mértola não precisa e nem merece ser governada assim. É preciso mudar. Nós - os eleitos e os eleitores - vamos mudar este estado de coisas. Mértola precisa de estar, sempre, primeiro. Mértola ainda pode ser o que os mertolenses quiserem que ela seja. Uma Terra orgulhosa do seu passado mas...com futuro. Um futuro feito de atitude, de trabalho, de perseverança, de verdade !...
E os nossos maiores (queremos dizer: os nossos idosos), precisam de todo o apoio.
Quando dizemos TODO, é isso mesmo que queremos dizer. Sem distinções de nenhuma espécie como, agora, observamos, dolorosamente.
As poucas instituições de solidariedade social, existentes no nosso Concelho, ou resultam da carolice de uns tantos ou, e todos o sabemos, apesar de se afirmarem de solidariedade social, pautam a sua acção por uma política elitista, que dificulta o acesso aos mais desfavorecidos. Quando devia, naturalmente, proceder, exactamente, ao contrário.
No entretanto, a Autarquia assobia para o lado, faz de conta que faz, fazendo, isso sim, da propaganda, o principal veículo da sua intervenção.
Não há muito tempo, Mértola possuía um hospital, com evidentes limitações, mas que dava resposta a muitas das necessidades da nossa população. Actualmente, possuímos, tão só, um centro de saúde, com horário de mini-mercado e que faz o que pode. Pouco, naturalmente.
Entretanto, que faz a Autarquia ? Que procedimentos adopta ? Nenhuns.
Mértola, o nosso Concelho, precisa, urgentemente, de inverter o rumo. O leme do barco está nas nossas mãos.

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