07/06/2012

O discurso "Salazarento"


Torgal Ferreira, bispo das Forças Armadas afirmou ontem que o discurso de PPC é "salazarento". Nem mais.
Em boa verdade, Torgal Ferreira, veio dar mais força às preocupações que já me assolavam. De facto, já descortinara uns retrógados tiques nas "conversas em família" de sua excelência. Mas ainda não me atrevera a ir tão longe. Ficava-me pelo marcelismo.

Porque, alegadamente, as práticas de MR seriam pidescas. Porque, na Madeira, se publica um Jornal tipo "Diário da Manhã".
Porque...
Começam a juntar-se todos os condimentos para que todos os saudosos de um tempo que não volta mais, se sintam confortados. E para que os portugueses, amantes da liberdade, comecem a ficar um nadinha,só um nadinha, preocupados...  

06/06/2012





O PATRIOTISMO...


Somos quase todos os que medimos o nosso patriotismo através do apego aos feitos da selecção de futebol. E sinto-me um "deslocado". De facto, os resultados da selecção não enchem, absolutamente nada, o vaso do meu fervor patriótico. Quer sejam bons, quer sejam menos bons. É-me absolutamente indiferente. 

O meu patriotismo acorda no desejo muito sincero, porventura utópico, de ver os portugueses agradados com o seu país. De ver os portugueses com esperança no provir. De ver os portugueses sem necessidade de procurar em terras estranhas os proventos que lhes são negados na nossa Terra.

Em suma, o desejo de ver os portugueses absolutamente conciliados com Portugal.

05/06/2012


E continuaria o "baile", agora, a três...



Conforme uma sondagem, realizada p'la Universidade Católica e hoje divulgada, os portugueses "castigariam" os partidos que, agora, nos governam, já lhes não dando maioria absoluta. Assim, a solução "proposta" seria um governo a três - o tal "arco da governação", responsavel pelo estado a que o nosso país chegou.

Aparentemente, teríamos uma "maioria de esquerda", isso se o PS, que ainda há quem teime em colocar à esquerda, estando provado que a sua prática política sempre foi de direita e os seus aliados, quando deles precisaram, sempre foram o PSD ou o CDS. Agora teríamos um "baile" a três.




A lição que daqui retiramos é que somos incapazes (ou não queremos...) de sair deste "buraco"  em que andamos metidos desde que vivemos em "democracia".

02/06/2012

As novas tecnologias e a desertificação...

E CHEGOU A TDT...mas foi-se a TV...



Na sede do concelho de onde provenho ainda não ganhamos o direito de acesso a um dos quatro canais de TV de sinal aberto. Esse direito só se obtem com a aquisição de TV satélite e dos respectivos encargos... E, na zona onde possuo um pequeno barraco, estou proibido de falar através de telemóvel ou de utilizar a internet... Bem, proibido, proibido, não estou... É claro que, de quanto em vez, o sinal até dá um ar da sua graça. Mas...é sol de pouca dura.

Quando rascunhei estas linhas ainda não fora "inventada" a TDT.  Que deve ter sido pensada para garantir melhor qualidade, mais canais ...o costume. Vai daí, tudo piorou. Onde viam três dos quatro canais passaram a ter, somente, "chuva". O "sinal" foi-se.
Entretanto compraram o tal aparelhinho,  - que custou 10% da pensão mensal da maioria dos que ali vivem - e, em contrapartida, deixaram de ter o "direito" a ver televisão.


O que mais doi é que tendo nós nascido em terras da raia, os nossos vizinhos, a quem o "aparelhinho" foi oferecido, passaram a usufruir de cerca de 20 canais. Enquanto nós pagamos para nada ter...
Será sina ? 

A saldo...

Tempos de esperança...




Num destes dias fiquei muito agradado por saber que a Alemanha está disponivel para nos comprar portas e relvas. Da Alemanha, sinceramente, como se diz de "nuestros hermanos" (injustamente...), nunca se espera nada de bom. Desta vez, fiquei, sinceramente agradado.
É verdade que não vivemos um tempo de ser "mãos largas". Entretanto, no que se refere ao pretendido, estou disponível para, em vez de vender, oferecer. Se os alemães nos ficarem com portas e relvas e nos garantirem que, jamas, procederão à sua devolução, nós (e falo por mim...) até pagamos o transporte. Que pode ser em primeira classe...

09/11/2009

Todos os dias são TEMPO DE ESPERANÇA...

Um abcesso legislativo está na origem do "resultado" das eleições para a Assembleia Municipal de Mértola, de Outubro último. De facto, a Oposição obteve muitos mais votos que a lista "vencedora". Na eleição para a Assembleia Municipal de Mértola a lista vencedora elegeu 7 deputados, outros sete foram para outra força política e 1 deputado para o Movimento Independente.
Foi este o resultado verificado nas urnas. E, assim, os mertolenses, - à semelhança do que haviam feito os portugueses, aquando da eleição dos deputados para a Assembleia da República - deram a maioria de deputados à Oposição.
Entretanto, nas assembleias municipais têm assento, - por razões que só os Partidos poderão explicar, mas que são contra toda a lógica da democracia - os presidentes das Juntas de Freguesia. Obviamente, uma aberração a que urge pôr cobro.
E é assim que o Partido, a quem os mertolenses deram uma minoria dos votos entrados nas urnas, "beneficia" deste aborto legislativo para, depois, aparecer, maioritário, na Assembleia Municipal.
A aberração é ainda maior quando permite que os presidentes de junta de freguesia votem na eleição dos que vão constituir a Mesa da Assembleia, não podendo, entretanto, eles próprios, ser eleitos.
Os presidentes das Juntas de Freguesia deveriam limitar-se à sua função, meritória e, deveras, importante. Afinal, à função para que foram, de facto, eleitos.
Num tempo em que muita da legislalação é por tantos contestada já que, todos o sabemos, o legislador parece legislar à sua medida, bom seria que este abcesso legislativo merecesse, também ele, a apreciação de quem de direito.
O resultado duma eleição não pode, nunca, deixar de ser o que ditam as urnas. Doutro modo...de que serve votar ?...

13/10/2009

Mértola começa a mudar...

A Junta de Freguesia de Mértola passou a ter maioria relativa.
É a primeira vez que um órgão autárquico do nosso Concelho "beneficia" de tal situação e, isso, graças ao Movimento Independente por Mértola , que ao eleger Rui Jorge Palma Marçalo como deputado na referida assembleia de freguesia, retira a maioria absoluta à lista vencedora nas eleições para aquele órgão autárquico, ocorridas no passado dia 11 do corrente.
Iniciamos, assim, uma nova forma de fazer política, tal como constava do Caderno de Intenções do Movimento Independente por Mértola.
Foram precisos 35 anos para que Mértola começasse, finalmente, a trilhar a via do diálogo. E logo na sua maior freguesia, a freguesia que é sedo do Concelho.
É uma vitória da democracia participativa com que muito nos congratulamos.